A PAZ ARMADA NA EUROPA E SUA CORRELAÇÃO COM O BRASIL DE BOLSONARO



A Liberação da Posse de armas vai ser a primeira proposta apresentada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, assim que o mesmo assumir o seu futuro cargo. Essa é uma questão na qual não adianta e não tem porque se demorar. Dados já mostram que armar a sociedade não é a melhor maneira de melhorar a segurança e na verdade, convencer as pessoas de que o porte de armas não é bom, não é o intuito deste texto. 

Devemos aprender a focalizar melhor as coisas, ou melhor, devemos aprender a ter um filtro sobre todas as informações que recebemos e principalmente, como processamos essas informações. Será que o fato do Brasil se tornar mais violento é a única questão que abrange esse tema? Será que não estamos sendo superficiais demais nesse assunto? 

Quando as pessoas me falam sobre essa questão, a primeira coisa que eu consigo imaginar, devido as aulas de História das Relações Internacionais, é o período que antecede a 1° Guerra Mundial, mais conhecido como o período da Paz Armada. Todos que se debruçam sobre livros de história sabem que a 1 °Guerra Mundial teve o seu estopim, mas que acima de tudo, os nacionalismos exacerbados das potencias da época, a vontade de se provar e de querer se mostrar melhor que as outras, e de querer mostrar os seus armamentos, de querer se mostrar mais forte, se transformou em guerra. 

Nas teorias positivistas das Relações Internacionais vemos que a ideia da Paz Armada pode impedir que A não ataque B, o fato é que acreditavam nisso nos precedentes da 1°Guerra Mundial, mas se nem nações soberanas sendo as grandes potências econômicas da época, com grande crescimento de poderio militar foram capazes de segurar os seus nacionalismos a favor da paz e da sobrevivência, por que deveríamos acreditar que pessoas comuns seriam capazes de fazer o mesmo? 

Estados agem a partir de interesses, vimos o interesse Alemão em se tornar a maior potência mundial para tomar a frente da Inglaterra. Também vimos uma Alemanha tentando maximizar suas forças formando a Tríplice Aliança e os inimigos da época, formando a Tríplice Entente. Mas afinal, qual seria o interesse de nós seremos humanos andarmos armados? Uma Paz Armada tendo como o nível de análise os indivíduos ao invés dos Estados? Ou será que seria uma nova forma de nos suicidarmos dando a entender de que na verdade, o que aconteceu foi um homicídio? 

A questão é: não existem interesses a favor da população quando a questão é nos armamos. Existe uma carta branca pra que qualquer pessoa que ande fora da 'linha' seja apagada e que a justificativa plausível se torne a ''legitima defesa''. Os interesses está em calar a sociedade, ou melhor, limpar a sociedade de forma silenciosa, assim como foi feita com os negros no Período Colonial. Você mata, você estupra, você tortura. Igual a Ditadura de Pinochet, você joga ao mar e ninguém vê, porque o barulho de tiros já não nos incomoda mais, estamos historicamente cegos com a sociedade patrimonialista que criamos... 

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