BRASIL, UM SUPOSTO PAÍS ACOLHEDOR...

Hoje, dia 31 de outubro de 2018, são três dias após o resultado do 2º turno da eleição presidencial no Brasil. O candidato Jair Bolsonaro foi eleito Presidente da República pelos próximos 4 anos, e em apenas 72 horas após o resultado, já podemos ver o impacto negativo que sua eleição causou a sociedade.

O número de ataques racistas e homofóbicos e as ondas de violência por todo país vêm aumentando, principalmente nesses últimos 3 dias, como consequência de sua eleição. Casos de cyberbullying também foram registrados, como o que aconteceu com a Youtuber Nátaly Neri, dona do canal Afros e Afins. Logo depois do resultado da eleição na noite de domingo (28), pessoas fizeram comentários extremamente racistas em um de seus vídeos em que ela fala sobre Bolsonaro.

A homofobia, assim como o racismo, sempre foi um dos maiores problemas do Brasil. O número de casos de agressões sempre fora alto, mesmo antes das eleições, mas durante este período eleitoral, o número de casos de homofobia cresceram absurdamente, foram incontáveis casos de agressão, não só física, mas também verbal, e até mesmo casos em que pessoas foram assassinadas.

Com o resultado final das eleições, a comunidade LGBTQI+ segue sob constantes ameaças e com muito medo, pois sabem que os casos de homofobia irão aumentar, porque essa é apenas uma das coisas terríveis que Jair Bolsonaro carrega em seu discurso. Não é só a comunidade LGBTQI+ e negros que sofrem com os ataques, mas mulheres, nordestinos e pessoas que se opõem à extrema-direita de Jair Bolsonaro também vêm sendo vítimas nos últimos dias. Vale lembrar do caso do Mestre Moa do Katendê, que foi brutalmente assassinado em Salvador, no dia 7 de outubro, por um apoiador de Bolsonaro, após defender o seu voto no candidato Fernando Haddad (PT) em uma discussão política.

Casos como o de Nátaly Neri e do Mestre Moa do Katendê são apenas DOIS entre muitos os outros que aconteceram e que ainda estão para acontecer. O ódio às minorias sempre existiu, mas nunca ficou tão exposto como agora.

Como podemos ver, além de homofobia e racismo, Jair Bolsonaro também carrega em seu discurso de ódio, a xenofobia, o machismo, o sexismo, a misoginia e, claramente, o autoritarismo e isso nada mais é do que a representação dos que votaram nele.

Eleger Jair Bolsonaro como Presidente foi o jeito no qual seus apoiadores encontraram como forma de se sentirem dentro do direito de discriminar e excluir minorias afetadas por problemas sociais, sem que haja qualquer tipo de punição. Isso significa que devemos nos preocupar, pois estamos retrocedendo, e voltando aos poucos ao regime militar que o Brasil viveu entre o período de 1964 a 1985.

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